O Torso, xilogravura
Exposição temporária
Xilogravura – Emanoel Araujo
set/23 até XX/24
Mostra apresenta produção do artista em sua juventude, permitindo reconhecer em sua poética tanto referências ao não-erudito quanto a mestres como Matisse e Picasso
Datas: Setembro de 2023 até XXXXX de 2024
Visitação: de terça à domingo, das 10h às 17h (permanência até às 18h)
Abertura: 30 de setembro, às 11h
O Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, inaugura exposição que é um mergulho no tempo, rumo à juventude e aos momentos iniciais da carreira do artista.
“Xilogravura – Emanoel Araujo” traz ao museu um conjunto de 25 xilogravuras, predominantemente figurativas, produzidas no início de carreira de Araujo, nas décadas de 1960 e 1970, que raramente foram expostas e estavam em posse do artista, em seu ateliê, no momento de seu falecimento. Obras como “Espelho”, “Procissão de falos” e “David”, todas de 1969, integrarão a exposição.
Segundo o crítico de arte Tadeu Chiarelli, “a mostra flagra Araujo ainda muito jovem (a gravura mais antiga exibida é de 1962, quando o artista tinha pouco mais de 20 anos), dando os primeiros arranques rumo à constituição de sua poética.” Chiarelli afirma ainda “que é possível observar nas obras tanto o interesse de Araujo em absorver ensinamentos da iconografia não-erudita local, quanto aqueles de mestres europeus, como Matisse e Picasso.”
Para o curador e crítico de arte Paulo Herkenhoff, em seu livro “Emanoel Araujo Escultor” (2011), depois dos estudos com Henrique Oswald (1918-1965), gravador baiano e docente na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, “Emanoel Araujo se dedicou a uma gravura com certa figuração de comentários sobre a Bahia, em alguns casos com um aceno para a sintaxe pop, com a obra Espelho (1969). Parte de suas gravuras trabalhava um aggiornamento de erotismo de esculturas greco-romanas, como o relevo Hermes, Orfeu e Eurídice (Roma, Villa Albani, c. 425-430 a.C.) para a imagem Procissão de falos (1969), e o David de Michelangelo para a xilo David (1969).”
Encontram-se ainda em cartaz no museu duas outras homenagens a seu fundador: o “Tributo a Emanoel Araujo”, instalado no hall de entrada da instituição desde novembro de 2022, que conta com sua emblemática escultura “Baobá”, além de relevos e um curta- documentário sobre sua vida e obra, além de uma instalação-homenagem na exposição de longa duração do acervo, inaugurada em janeiro deste ano, celebrando a relação de Araujo com a cidade de São Paulo, ambas concebidas pela equipe do Museu.