Sergio Lucena – Na Raiz do Tempo, a Matriz da Cor

Série Teatro do Meu Fascínio, 2019, óleo sobre tela (Detalhe)

A pintura do paraibano Sergio Lucena tem curadoria de Claudinei Roberto da Silva. O artista emprega toda qualidade de sua arte para corroer as fronteiras entre o popular e o erudito.


Datas: Setembro de 2023 até XXXXX de 2024

Visitação: de terça à domingo, das 10h às 17h (permanência até às 18h)

Abertura: 30 de setembro, às 17h


Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, inaugura exposição que é um convite a refletir sobre a simbologia das cores neste momento do século XXI. Sergio Lucena, artista paraibano, radicado em São Paulo, inaugura no Museu a exposição na “Sergio Lucena – Na Raiz do Tempo, a Matriz da Cor”, que abre no próximo dia 30 de setembro.

Sua arte é proveniente de valiosos encontros e reencontros. Nascido na Paraíba, o artista foi acolhido em São Paulo pelo mestre pintor Aldemir Martins, artista cearense, que compartilha com Lucena o interesse por suas raízes, certa matriz original, certo território natal onde a força pungente da luz solar é transmutada em experiência sensível através da cor que a pintura traduz.

Serão 72 pinturas das várias fases do artista nas paredes do MAB Emanoel Araujo, onde veremos mescladas a festa profana e sacra, a religiosidade de matriz africana, o sincretismo caboclo, a arquitetura de viés popular e nordestina, os cruzamentos, as encruzilhadas e os encontros. Em Sergio Lucena, a vitalidade da linguagem da pintura se verifica ou se confirma nos processos que, articulados pelo artista, resultam em obras de alta voltagem poética e simbólica. 

O curador Claudinei Roberto da Silva afirma que “a síntese de sua obra, apresentada nas pinturas, sugere, sutilmente, uma narrativa em que convivem harmoniosa e poderosamente aquilo que convencionalmente chamamos de “arte erudita” e “arte popular”. A falsa dicotomia que opõe o “popular” ao “erudito” é corroída pela proposição de Sergio Lucena, já que o artista não reconhece a preponderância de uma escola sobre outra.”

A mostra é o conjunto maturado pelo artista ao longo dos anos dedicados à sua obra, pesquisas e adensamentos de uma história não hegemônica. O artista traz ao Museu o vocabulário paulatinamente construído, que estabelece sua singular semântica pictórica, seu universo alegórico e lírico.


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