O que é que a Bahia tem

Em homenagem ao centenário do compositor Dorival Caymmi (1914-2008) e em memória do escritor James Amado (1922-2013), o Museu Afro Brasil revisita o universo de artistas e intelectuais influenciados pela cultura baiana na exposição “O que é que a Bahia tem”. Território de sucessivas gerações renovadoras das artes no Brasil, da literatura à música, Salvador foi representada em romances, poemas, canções, quadros e filmes, nos quais ficou internacionalmente evidenciada a forte presença negra em sua formação histórica. Fundada em 29 de março de 1549 pelo governador-geral Thomé de Souza, a primeira capital brasileira foi um dos principais portos das Américas, além de ser uma cidade-fortaleza de controle decisivo para o domínio colonial português. “O que é que a Bahia tem” tem como eixos a Baía de Todos os Santos, a Bahia dourada do Rococó e do Barroco, dos artistas, do Candomblé e dos escritores. Neste último ponto, a exposição trará livros de Castro Alves, Junqueira Freire, Jorge Amado, José Pedreira, James Amado, Sosígenes Costa e cordéis de Rodolfo Coelho Cavalcante. No mundo do Candomblé, o Museu Afro Brasil realçará personalidades como Mãe Senhora, Mãe Menininha do Gantois, Mãe Olga do Alaketu, Joãozinho da Goméia e Pai Balbino. Numa síntese dos versos da canção de Caymmi, a mostra reviverá “a terra do branco mulato/ a terra do preto doutor”. Para ilustra esse rico percurso, são expostas obras de Pancetti, Carybé, Carlos Bastos, Floriano Teixeira, Jenner Augusto, Hansen Bahia, Henrique Oswald, Mario Cravo Júnior, Mario Cravo Neto, João Alves, Cardoso e Silva, Agnaldo dos Santos, Mestre Didi, Mirabeau Sampaio, Regina Silveira, Arnaldo Antunes, Iole de Freitas e Speto, entre outros. Curadoria de Emanoel Araújo.

Governo do Estado de SP