José Balmes e Gracia Barrios

Nas pinturas de José Balmes e de Gracia Barrios o primeiro lugar está destinado a retraçar a presença das vítimas de certos combates emblemáticos de nossa história. O gesto que autoriza os signos reproduz a velocidade de uma pintura mural realizada sob condições de extrema restrição. Não há tempo, sequer, para escrever ou pintar uma letra “como se deve”. Não há letra que resista. A mostra “José Balmes e Gracia Barros” ocorreu como um desejo de proximidade e troca artística entre Brasil e Chile, que surgiu pela ocasião da Bienal do Mercosul e com a estreita relação do Museu Afro Brasil com o Museu da Solidariedade, de Santiago. Para a mostra, foram selecionadas diversas pinturas de Gracia Barrios, realizadas entre 1971 e 1972. Para José Balmes, o foco fica em torno de suas serigrafias de protesto político feitas entre 1973 e 1986. Ambos os artistas refletem – cada qual a sua maneira – sobre os terríveis acontecimentos que giram em torno da ditadura chilena. Também fizeram parte da mostra, uma série de 33 fotografias do período de Allende e um conjunto de tapeçarias – patchworks – criadas pelas “mulheres da resistência”, esposas de exilados políticos que viviam na Suécia.

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