Segundo Jorge Amado, “Rainha é Olga do Alaketu, filha de Roko e de Yansã, dengue, malícia, beleza. £ uma sacerdotisa e uma vedete, ao mesmo tempo. No exercício do seu sacerdócio, à frente de um dos candomblés mais sérios e importantes da cidade, o Alaketu, Olga é perfeita nas obrigações, na conservação do ritual, no comando das filhas e dos ogãs, na intimidade dos orixás. Não pode haver beleza maior “do que sua dança quando, cavalo de Yansã, se transporta ao mundo mágico onde reina sobre a guerra e os mortos. As festas do Alaketu são magníficas. Olga é a Yansã mais poderosa da Bahia. Fora dos limites da casa-de-santo, onde recebe os aflitos e os carentes, joga os búzios, responde a consultas e zela os orixás nos pejis, quando despe o traje de baiana e enverga a última criação de Denner, é uma artista desfilando, uma embaixadora do mistério da Bahia”. O tributo a “Dona Olga do Alaketo” foi uma exposição composta por fotos e objetos desta lendária figura do mundo dos Orixás, que completou 80 anos no dia 09 de setembro de 2005 e veio a falecer logo em seguida, em 29 do mesmo mês. A Iyalorixá Dona Olga tornou-se conhecida pelo povo, por artistas e personalidades com seu Terreiro do Alaketo, em Salvador. Com fotos de Walter Firmo, Ademar Gondim, Bubio Costa e Madalena Schwartz, a mostra trouxe alguns de seus pertences, como o vestido que o costureiro Denner fez especialmente para ela, e sua bela roupa de Iansã.